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quarta-feira, 22 de abril de 2009

Antevisão de The Sims 3


Para quem não conhece a série (haverá alguém?!), The Sims pode ser considerado como o simulador da vida. Criado por Will Wright em 2000, o jogo original depressa se tornou num produto de culto da indústria do entretenimento, não demorando até se tornar no jogo mais vendido de sempre (e também, verdade seja dita, dos mais pirateados) graças às suas continuadas expansões que foram introduzindo novas funcionalidades, cenários e adereços de roupa ou mobiliário. Em 2004, The Sims 2 trouxe uma remodelação abrupta à jogabilidade. Não mais o jogador se deparou com cenários e personagens austeras do ponto de vista da animação pois The Sims tinha entrado no mundo tridimensional. As actualizações continuaram a fazer parte do jogo e a diversão parte do quotidiano dos fãs. É, também, nesta altura que o franchise The Sims se expande para outras plataformas que não o PC.


Preparem-se agora para a 3ª geração de Sims. A vida é assim!


The Sims 3 promete revolucionar a jogabilidade da série, novamente. A começar pelos nossos Sims, estes podem ser alvo de uma completa personalização, desde o seu cabelo aos aspectos da face, cor de pele, peso e distribuição do mesmo, um sem-número de características que prometem criar uma réplica fiel ao jogador se ele assim o entender ou criar, literalmente um alien e personagens do género. Contudo, o gozo maior parece estar na personalidade que nós queiramos dar aos nossos Sims. Sim, personalidade. De uma variada gama de opções, é-nos dada a liberdade de escolher algumas características que irão traçar o seu comportamento geral. Será essa personalidade que influenciará, também, a carreira profissional. Tens o que é preciso para seguir a carreira de astronauta ou mesmo de mayor local? Terá, também, a EA capacidade para criar um sistema de profissões complexo e divertido como aparenta?

Uma das grandes novidades de The Sims 3 é o facto de vivermos num bairro aberto. Segundo a produtora, podemos finalmente, passear livremente pelas redondezas sem ter esperar por loadings que carreguem o cenário onde queremos interagir, havendo, assim, uma maior fluidez e continuidade no jogo. Agora o bairro apresenta-se como uma fonte de interactividade na qual podemos fazer amizades ou inimizades e envolvermo-nos na complexa vida de um bairro com as suas características próprias. Cabe ao jogador querer ou não cumprimentar e interagir com o vizinho que todas as manhãs vai buscar o jornal à rua, ou mesmo tentar abordar o tal Sim que parece tão interessante no trabalho e convida-lo para jantar, ou mesmo falar com o nerd com que todos gozam na escola e oferecer-lhe a nossa amizade em troca, tu decides que tipo de amizades queres ter. Resta-nos esperar para colocar as mãos no jogo e concluir se, de facto, a fluidez necessária a um tipo de jogo como este não estrague a experiência de jogo e o quão limitada será a interactividade e a possibilidade de fazermos o que, realmente queremos.

O próprio lar tem sido, desde sempre, uma das principais preocupações dos jogadores. Fazer a casa dos sonhos, parede a parede à própria funcionalidade e beleza do seu exterior, passado pela decoração interior dos espaços, é algo que leva horas a decidir e a personalizar a gosto, desde o material essencial para todo o tipo de divisões da casa, até aos acessórios de divertimento e meramente decorativos. The Sims 3 promete inserir, também aqui, mais variedade de escolha. Será até possível definir padrões de decoração para a casa e aplicá-los a toda a mobília ou combinar padrões diferentes. Este tem sido um dos pontos fortes da série, já que a personalização é vasta e adivinha-se que o gamer vai ter ainda mais possibilidades de tornar a sua casa única e diferentes das demais.

Outra das promessas que têm sido dirigidas aos fãs é a de um jogo mais funcional e divertido do ponto de vista da expêriencia do jogador, isto é, uma focalização em actividades lúdicas, de trabalho e de inter-relacionamento e uma menos preocupação em actividades obrigatórias como as necessidades básicas (idas à casa de banho, por exemplo) que tornavam os anteriores jogos por vezes frustrantes. Ora, com isto a produtora quer, acima de tudo, captar outro tipo de gamers e aumentar (ou diversificar) o clã The Sims, à medida em que expande os horizontes em termos de possibilidades mas se retrai nas actividades que faziam parte integrante das edições anteriores do jogo.

Quanto aos editores, nomeadamente o editor de vídeos, parecem estar mais completos do que nas edições anteriores. Podemos captar momentos do jogo ao longo da vida do nosso Sims e mais tarde compilar e fazer o filme da nossa vida. Posteriormente o jogador poderá partilhar esses vídeo e fotos com os milhões de membros da comunidade The Sims. A mecânica de compilação será idêntica à de alguns editores de vídeos que possam ter nos vossos PC's, nomeadamente o mais conhecido, o Windows Movie Maker.

The Sims 3 aparenta ser um jogo com diferenças significativas relativamente aos jogos anteriores. Desde a maior personalização de Sims (físico e psicológico), até ao ambiente que nos rodeia. A opção do "bairro aberto" e a possibilidade de podermos caminhar livremente pelas ruas e aceder a espaços de uma forma fluida e contínua é uma opção que tem sido pedida pelos jogadores, principalmente após a segunda edição de The Sims. No entanto, resta saber como serão as características técnicas deste jogo desde a fluidez à própria resolução e polimento das imagens. Numponto de vista mais conjuntural, The Sims 3 aparenta ser um meio para um processo que levará a série, a médio prazo, a ganhar semelhanças a um MM0 e não um jogo casual. Lembro que é a casualidade de The Sims que fez deste o jogo mais vendido de sempre e que criou uma das maiores comunidades de jogos que há memória. Mas, para bem calhar, cá estaremos para saber para onde a Electronic Arts quer levar este franchise de sucesso.

Já agora, não se esqueçam de marcar nas agendas o dia 4 de Junho pois é quando poderemos colocar as mãos no terceiro capítulo do jogo da vida

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