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quarta-feira, 1 de julho de 2009

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Fugindo à banal, oca e, por vezes, irrisória discussão sobre que plataforma “ganhou” na E3, provocada e alimentada por muitos meios de comunicação de forma a acalentar uma “chama” duradoura mas que sem oxigénio acaba por apagar, deixando apenas cinza que servirá apenas, como na floresta, para sinalizar que um dia esteve alguém no local, mesmo que envoltos numa conversa sem sentido, escrevo este artigo de opinião no sentido de expor algumas considerações pessoais acerca do acontecimento do ano da indústria dos videojogos.

A verdade é que o gamer de hoje tem condições para opinar e analisar a qualidade deste evento, pois grande parte ainda se lembra da sua primeira edição. Pessoalmente, é com grande satisfação que vejo a evolução que este evento tomou ao longo dos anos, desde a primeira edição, com pompa e circunstância, passando pelo seu ponto mais alto que foi a sua 3ª edição, até à fresquinha Electronic Entertainment Expo, versão 2009.

Depois de algumas edições que estiveram, claramente, na sombra do nome e de as produtoras terem virado costas à organização, realizando eventos próprios, com maior custo mas com uma notoriedade muito mais elevada da marca e com a projecção de eventos não-americanos, cada vez maior, a E3 2009 teria que voltar a ser o evento mor da indústria, sob pena a ser afastado do panorama da divulgação de produtos videojogáveis. O cancelamento de eventos como a Ubidays (que teve grande notoriedade) foi um dos prenúncios de que a E3 poderia voltar aos dias áureos, cuja sombra de um abanão parece, agora, uma realidade longínqua.

A E3 2009 voltou a revelar-se como o ponto de encontro de excelência da indústria dos videojogos entre produtoras, editoras e comunicação social que resultou numa mostra de produtos por excelência, para regozijo do público. Mais do que isso, esta edição ficou marcada pela chegada de jogos inovadores na forma como encaram o multiplayer, jogos com gráficos fantásticos, jogos por download com potencialidades incríveis e a chegada da gama motion control a todas as plataformas.

Cá espero por uma próxima edição (já com data marcada) do evento com o entusiasmo natural de um aficionado desta actividade pela diversão, emotividade e bons momentos de lazer e comunhão que esta proporciona, e não pela desgarrada de bitaites parciais que alguns querem fazer dela.

Continuam a querer atribuir um vencedor à edição deste ano da E3? Pronto, ok. Ganhei eu e o leitor, visto termos mais e melhor escolha para as nossas plataformas. Se não têm plataformas para jogar, têm agora mais razões para as ter.

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